Planeta bem cuidado
Cuidar do meio ambiente é algo que devemos nos preocupar cada vez mais, por nós e pelas gerações futuras. O crescente desmatamento, a poluição do ar, a contaminação de rios e mares e a produção desnecessariamente exagerada de lixo colocam em risco não só a saúde de animais e espécies vegetais, mas também dos seres humanos, o que nos leva à algumas perguntas: Como será o planeta que teremos no futuro? Quais espécies deixarão de existir? O que podemos ainda podemos fazer para reverter esse cenário?
Nem todas as perguntas podem ser respondidas, mas com algumas ações simples, certamente algumas delas poderão não se tornar uma preocupação!
Vamos trazer aqui algumas dicas que podemos aplicar em casa e que farão total diferença no mundo no futuro:
1. Separe seu lixo
A coleta seletiva é uma excelente maneira de reduzir resíduos e descarte inadequado de lixo em aterros sanitários, rios e mares. Você estará combatendo um dos maiores problemas ambientais que o planeta enfrenta atualmente e que afeta animais, seres humanos e o meio ambiente como um todo.
Isso porque materiais como vidro, alumínio e plástico levam centenas e até milhares de anos para se decompor, o que deixa a natureza e a humanidade expostas a um risco cada vez mais eminente.
Além de evitar a contaminação e a deterioração da natureza, a coleta seletiva e a reciclagem geram renda para milhares de famílias que tem como fonte de subsistência.
Temos uma matéria aqui no site sobre uma cooperativa de reciclagem que está fazendo sua parte reciclando óleo de cozinha.
Por isso, separe o resíduo orgânico do reciclável e dê a destinação correta para o seu lixo. Caso não haja coleta de recicláveis na sua rua ou bairro, procure levar o lixo reciclável até pontos de coleta ou cooperativas. O planeta agradece.
2. Reaproveite materiais
Você também pode dar outra destinação às suas embalagens descartáveis ou qualquer outro objeto que você tiver na sua casa.
O reuso é uma técnica excelente de reaproveitamento de materiais e de economia. Dessa forma, uma lata pode se tornar um porta-lápis, uma garrafa um vaso para flores ou um brinquedo para fazer a alegria da criançada. Basta deixar a imaginação fluir. Na internet existe uma série de tutoriais interessantes que vão ajudar você a dar uma vida nova às embalagens que você tem em casa.
Como fonte de inspiração, podemos usar a história do garoto Cane que criou seu próprio negócio aos 9 anos em Los Angeles: Um fliperama inteiro a partir de caixas de papelão, o Cane’s Arcade! Uma linda história que mistura empreendedorismo com reciclagem que vale a pena conhecer.
3. Economize água e energia
O Brasil utiliza a água como fonte primária de energia, através de hidrelétricas, um recurso não renovável que está gravemente ameaçado.
Segundo a ANA (Agência Nacional da Água), 97,5% da água existente no mundo é salgada e não é adequada ao consumo nem à irrigação da plantação. Dos 2,5% de água doce, a maior parte (69%) é de difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas subterrâneas (armazenadas em aquíferos) e, apenas, 1% encontra-se nos rios.
Para se ter uma ideia, um banho de, aproximadamente, 15 minutos gasta, em média, 135 litros de água. Já uma descarga de 6 segundos pode jogar fora até 30 litros de água.
Por isso, reajuste sua rotina para economizar água. Tome banhos mais rápidos, deixe a torneira fechada enquanto escova os dentes ou ensaboa a louça e use a água da máquina de lavar para o banheiro, para lavar o carro ou áreas externas como a garagem ou o quintal.
Desligue a luz sempre que sair de um ambiente e, sempre que possível, desligue seus aparelhos eletrônicos, como micro-ondas, TVs e computadores da tomada.
Fique atento também ao chuveiro elétrico, pois ele é o maior vilão no consumo de energia doméstica. Além de reduzir o consumo de água, banhos mais rápidos reduzem consideravelmente o consumo de energia.
4. Não jogue lixo nas ruas e praias
Além de um gesto de consciência ambiental, jogar lixo nas lixeiras é também um ato de cidadania.
Isso porque jogar o lixo no chão polui a cidade, uma vez que os resíduos acabam parando nos bueiros, rios e mares, prejudicando espécies marinhas, contaminando a água e causando enchentes.
Caso não haja nenhuma lixeira por perto, não hesite em guardar o seu lixo até encontrar um local adequado de descarte ou até chegar em casa.
5. Evite o uso de descartáveis e sacolas plásticas
O plástico é um dos materiais mais necessários e, ao mesmo tempo, contaminantes, da atualidade. Presente desde peças de carros a sacolinhas de supermercado, este material se tornou símbolo de praticidade para a vida moderna. No entanto, alguns materiais plásticos acabam sofrendo o descarte incorreto na natureza, prejudicando animais e seres humanos.
Nos últimos anos, a discussão acerca do uso de canudos plásticos se tornou intensa e muitas cidades brasileiras vem proibindo o uso desses utensílios por restaurantes e lanchonetes devido ao risco que podem oferecer às espécies marinhas. Por isso, nesses casos, prefira usar um canudo reutilizável. Carregue um sempre com você.
Outro grande problema mundial são as sacolas plásticas que estão presentes em abundância nos aterros sanitários e no mar. Por isso, quando for ao supermercado, leve sua sacola reutilizável.
6. Evite fazer compras por impulso
O impacto causado pelas propagandas e pelas redes sociais vem causando um aumento no consumo de produtos manufaturados que, muitas vezes, são adquiridos sem que haja uma real necessidade por parte do consumidor.
Assim, comprar roupas por impulso, trocar o celular todos os anos e fazer compras online sem planejamento, pode ter um custo alto para o planeta.
Isso porque a fabricação de novos produtos requer um alto consumo de recursos naturais, como água, petróleo e energia. Para se ter uma ideia, uma única calça jeans utiliza 11 mil litros de água para ser fabricada, cinco vezes mais do que é necessário para produzir 1Kg de arroz.
Uma dica para preservar o planeta neste quesito é planejar melhor as suas compras para que não haja impulso. Comprar roupas em brechós, por exemplo, é uma ótima opção para economizar dinheiro e para ajudar a poupar recursos naturais.
Caso ainda você tenha roupas e objetos em casa que não usa mais, não jogue fora. Doe a instituições que realizam serviço social ou venda para um brechó para que outras pessoas possam dar nova vida a esses objetos. Isso se chama economia circular e tem tudo a ver com uma vida em prol da sustentabilidade.
7. Reduza o consumo de carne vermelha
O consumo excessivo de carne é um dos grandes responsáveis por problemas de saúde em humanos e para o desmatamento de nossas florestas. Enquanto o consumo anual de carne vermelha, por ano, segundo a OMS não deve ultrapassar os 25,5 kg para homens e 20Kg para as mulheres, os brasileiros estão em sexto lugar no ranking de consumo de carne, extrapolando os 78,6 kg/ano per capita.
Hoje, o maior causador de desmatamento no Brasil é a produção de carne bovina, uma vez que os animais têm como base da ração, grãos como a soja que são plantados no lugar de grandes áreas de vegetação nativa.
Prefira reduzir o consumo deste alimento e invista em carnes que preservem o meio ambiente, como as orgânicas, cujos animais se alimentam a pasto e vivem em áreas preservadas.
8. Utilize meios de transporte alternativos
Veículos automotores são grandes propulsores da poluição do ar que causa, entre outros, doenças pulmonares, o aumento do buraco da camada de ozônio e o aquecimento global.
Com o crescimento vertiginoso dos desmatamentos, o ar de muitas cidades tem se tornado irrespirável e, por isso, precisamos repensar a forma como nos locomovemos.
Trocar o carro por caminhadas em trajetos curtos, usar o transporte público ou ainda organizar caronas solidárias são alternativas para reduzir a poluição do ar. Bicicletas e patinetes também são transportes considerados “limpos” e, a cada dia, vêm ganhando mais adeptos.
9. Apoie causas que se preocupam com o meio ambiente
Procure informações sobre entidades sérias, que se preocupam com o nosso planeta e que tenham ações voltadas para a preservação do meio ambiente. Pode ser no seu bairro, na sua cidade, ou mobilizações em âmbito nacional e global.
Você pode participar de uma atividade de plantio de mudas na praça da sua comunidade, de um dia de coleta e separação de resíduos nos parques da sua cidade, ou ainda “adotar” de forma simbólica um animal silvestre, oferecendo recursos para ações que buscam preservar espécies em extinção, como arara azul e o boto. Existem várias instituições que organizam ações o tempo todo, como por exemplo, a ONG WWF. No site você encontra diversas ações com as quais poderá contribuir.
Além disso, conhecer o tamanho do impacto que você e sua família estão causando ao meio ambiente pode ajudar a reduzi-lo. Uma excelente ferramenta disponível no site da WWF é a avaliação da Pegada Ecológica que apresenta um resultado surpreendente ao final de um breve questionário onde você pode medir o tamanho da sua pegada no mundo.
Outra forma de contribuir para a preservação do planeta é através da informação. Busque conhecer um pouco mais sobre as empresas das quais você é cliente. Leia notícias sobre ela e procure saber de que forma elas estão lidando com a conservação dos recursos naturais e do planeta de forma geral. Incentive empresas que realizam um trabalho sério e que se preocupam com o meio ambiente.
10. Prefira os orgânicos
Os benefícios dos alimentos orgânicos podem não parecer visíveis em um primeiro momento, mas possuem uma vasta gama de diferenciais que ajudam a preservar o planeta e a sua saúde.
Os alimentos orgânicos, além de incentivarem a agricultura familiar e contribuir com a manutenção e desenvolvimento do trabalhador do campo, também preserva recursos essenciais para a produção de alimentos e para a sobrevivência humana, como a água, as plantas e o solo.
Os alimentos orgânicos são livres de agrotóxicos e adubos químicos, que contaminam solos e mananciais e têm uma preocupação intrínseca com a preservação da biodiversidade do planeta.
Alguns frigoríficos, por exemplo, não utilizam antibióticos na criação de frangos, alimentando-os somente com ração vegetal e sem grãos transgênicos, mantendo mesmo assim, um padrão rigoroso e normas de bem-estar animal.